sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

TV JUSTIÇA - AULA ARBITRAGEM 1



MEDIAÇÃO DE CONFLITOS EM RELAÇÃO FAMILIAR  




Não existe nenhuma relação imune ao conflito, já que ele é algo intrínseco à condição humana da vida em sociedade. Quando há choque de vontades, divergência de idéias, princípios, desentendimentos em questões de gosto, opiniões, opções ou estilo individual, o conflito surge. É preciso investigar as causas de conflitos, pois muitas vezes o que se revela é a falta de habilidade para falar sobre os problemas e estabelecer um plano para resolvê-los.
 as razões pelas quais os casais se vêem em conflitos? Um motivo bastante comum é a fuga da responsabilidade pessoal. Somos responsáveis pelas nossas escolhas, certas ou erradas, que constroem ou destroem as nossas vidas, no entanto atribuímos a nós as escolhas acertadas e culpamos os outros por aquelas que foram erradas. A comunicação entre o casal, que deveria ser uma exposição de fatos e idéias num diálogo sereno e amigável, torna-se violenta, num desejo de vencer, muito mais do que de convencer. As decisões passam de racionais a emocionais e radicais, num impulso impensado e agressivo que termina por suscitar movimentos de ira que deixam marcas profundas. As lutas travadas no ambiente familiar são, em sua maioria, causadas pela falta de diálogo e mesmo pela transformação do diálogo em insultos e agressões.
a Mediação como um processo dos mais valiosos e eficazes na construção e na restauração do diálogo, principalmente no âmbito familiar. Há uma concordância em afirmar que falar é bem mais fácil do que ouvir, se o ouvinte não está interessado no assunto em pauta, não haverá comunicação.
O casamento é a arte de administrar problemas e situações. Nessa condição de administradores os casais se deparam com muitos problemas, principalmente, de ordem comportamental. Os bons administradores alcançam bons resultados porque não buscam a sua própria razão, a prevalência do seu poder, mas o bem do outro e da família. Mas infelizmente há muitos outros que não possuem bom senso ou razoabilidade para ver as conseqüências que vão advir de sua escolha no futuro. O papel do Mediador nestes casos é benéfico e imprescindível. O bom Mediador rompe silêncios, procura que as partes tenham palavras amigas e construtivas a dizer um ao outro. A maior parte dos divórcios ocorre porque os cônjuges não conseguem lidar com a raiva e o ressentimento acumulados durante um bom período de tempo. Impacientam-se com as falhas e provocações do outro e desistem de achar o caminho da reconciliação. Neste caso, ajudar a perdoar e tratar com estas situações é uma tarefa bem específica da Mediação que pode ser atribuída ao Mediador. Trabalhar o perdão, trabalhar o esquecimento e conseguir um pedido de desculpa sobre o que feriu o íntimo do outro. 

Nenhum comentário: